Modulo Internacional

A crise não tem necessariamente um sentido negativo, pois, no seu dinamismo, pode significar não apenas o ocaso dos valores de uma determinada civilização, mas também a aurora de um novo tempo e de novos dias.
Rocha, Zeferino - ÉTICA, CULTURA E CRISE ÉTICA DE NOSSOS DIAS p.11

A explanação do professor Jorge Filipe foi bastante rica e nos permite fazer uma análise da cultura brasileira, no modo de ser e agir do seu povo, diante das dimensões de Hofstede. Quando pensamos as dimensões individualmente, verifica-se consonância entre o estudo e o real.

A dimensão Distância do Poder, cuja nota do Brasil foi 69, aponta para a postura do povo frente as desigualdades e o seu grau de aceitação diante desse cenário. No Brasil as desigualdades já fazem parte do dia a dia das pessoas e, diria ainda, existe até um certo conformismo quanto a condição de cada classe. Diante desse cenário, não existe um movimento nacional para que ocorram grandes mudanças nessa dimensão. Na realidade, no Brasil, dizendo a grosso modo, “cada um se vira como pode”. Diante do exposto, acredito que essa dimensão está em conformidade com a realidade nacional.
Outro aspecto dessa dimensão evidente no comportamento do brasileiro mostra o respeito com as hierarquias e os mais velhos. Acredito que essa postura advém da cultura paternalista e ditatorial pelo qual o país passou no decorrer de sua história, desde os tempos da colonização, deixando resquícios até hoje.

Em relação a Dimensão do individualismo é notória a correlação com a realidade no modo de agir do brasileiro. As pessoas do nosso país mostram uma preocupação em estar inserido em grupos consolidados. O estudo apresentado mostra nota 38 para o Brasil nesse quesito e isso conota um apelo para postura coletiva das pessoas que é evidente no cotidiano de maneira corriqueira. De fato, o povo brasileiro é solidário e tem grande capacidade de ajuda mútua, mesmo que, restrito aos grupos de relacionamento de cada indivíduo. De forma similar, o