Modos de Pensar a Arquitectura e Suas Condicionantes
E SUAS CONDICIONANTES
MODO DE PENSAR A ARQUITECTURA E SUAS CONDICIONANTES
O modo como entendemos a história e a psicologia dos locais para onde idealizamos projectos são determinantes para o desenvolvimento e maturação das propostas. Se por um lado o local de implantação, a sua geografia e a cultura da própria região onde se inserem são elementos que influenciam, interagem e condicionam o seu desenvolvimento, é a forma sensível como cada um de nós os percepciona e entende que faz de cada projecto uma obra única e singular que se insere num determinado contexto e local.
Apesar de, na sua generalidade, constituir um exercício de análise e diagnóstico que inconscientemente um arquitecto realiza, é preciso não o descurar e, a cada novo projecto, desenvolver um estudo aprofundado do local analisando minuciosamente todos os aspectos que o possam influenciar e condicionar. E se, de facto, os factores socioeconómicos e culturais, a geografia e a história são os primeiros dos quais nos lembramos, existem tantos outros tão importantes quanto este como é o conhecimento aprofundado dos tipos de usos, dos espaços vazios, ou do estado de conservação ou degradação do edificado envolvente, premissas que podem alterar a forma como projectamos/reabilitamos o edifício ou pensamos a cidade.
É este modo de abordagem que o arquitecto Alexandre Burmester defende, o pensar e estudar a cidade e os locais de intervenção de forma sensorial, entendendo o que melhor se adequa a cada uso, o que está degradado e afasta as pessoas, as ruas que são mais e menos activas e onde melhor desenvolver determinados programas e a melhor forma de tirar partido disso, no sentido de intervir na cidade como um todo e de reinventar o espaço urbano. O arquitecto apresentou até no “A Baixa do Porto” um texto que dá a conhecer este mesmo pensamento e onde é proposto a elaboração de um “Mapa Sensorial” que melhor permita perceber a cidade no que ao seu