Modernismo no brasil: escola paulista
Definição: Escola Paulista é o termo pelo qual uma parcela importante da produção moderna da arquitetura brasileira é comumente reconhecida pela historiografia, mas não identifica toda a produção arquitetônica do estado de São Paulo. Trata-se, originalmente, da arquitetura produzida por um grupo radicado em São Paulo, que, com a liderança de Vilanova Artigas (1915-1985), realiza uma arquitetura marcada pela ênfase na técnica construtiva, pela adoção do concreto armado aparente e valorização da estrutura.
Panorama Político do Período
A produção moderna no Brasil teve como pano de fundo um panorama político-ideológico contraditório, assim como ocorreu em diversos outros países no subcontinente latino.
A arte e a arquitetura modernas brasileiras se desenvolveram no imediato segundo pós-guerra. Como exemplo dessa dualidade, a produção do grupo liderado por Lúcio Costa teve seu impulso inicial dado pelo então presidente Getúlio Vargas – ditador e tendenciosamente fascista; Já o mais eminente dos arquitetos brasileiros, Oscar Niemeyer, tinha uma postura abertamente comunista.
Na corrente principal da esquerda brasileira, situada entre os membros do Partido Comunista Brasileiro – então estalinista, - uma de suas alas fazia a crítica ao movimento moderno concentrando-se na questão do suposto distanciamento entre a linguagem estética do moderno e o repertório formal de domínio popular, ou da “arte do povo revolucionário”. (SEGAWA, H. - Arquiteturas no Brasil 1900-1990, 1998, pg. 112)
Algumas lideranças intelectuais, como Demétrio Ribeiro, de Porto Alegre – RS – defendiam, no início dos anos 1950, uma arquitetura que pudesse ser “compreendida pelas massas”. Para ele, a arquitetura moderna continuava “isolada do povo e reservada aos latifundiários burgueses”, “para agradar à burguesia” (SEGAWA, H. cit. Amaral 1984, p. 279.
Em 1956, Demetrio Ribeiro, Nelson Souza e Emilda Ribeiro publicaram uma proposta de moção ao IV Congresso