MODERNIDADE E O NEUE SACHLICHKEIT
Ana Claudia Safons Soares
Ana Claudia Safons Soares é acadêmica em Artes Visuais, curso de Licenciatura, da Universidade Federal de Pelotas.
(acsafons@hotmail.com)
Resumo
O artigo pretende analisar a reação dos artistas alemães do início da década de 20, que acreditavam que a condição humana poderia ser aperfeiçoada de dentro para fora, reagindo a iconoclastia política do dadaísmo. Em especial, será feita uma análise do artista George Grosz (1893-1959) e realizada uma leitura da obra Os Pilares da Sociedade (1926).
Palavras chave: Modernidade, linguagens artísticas, Nova Objetividade (Neue Sachlichkeit), George Grosz.
Introdução O início da Idade Moderna (século XV e XVI) é marcado por um forte desenvolvimento cultural, cujas raízes encontram-se nas novas condições econômicas e sociais da Europa, que estava em clima de contentamento diante dos progressos industriais, dos avanços tecnológicos, das descobertas científicas e médicas, como: eletricidade, telefone, rádio, telégrafo, vacina anti-rábica, os tipos sanguíneos, cinema, RX, submarino, produção do fósforo.
A experiência urbana - ligada à multidão, ao anonimato, ao contingente e ao transitório - é enfatizada pelo poeta e crítico francês Charles Baudelaire (meados do século XIX), como o núcleo da vida e da arte modernas. O moderno não se define pelo tempo presente - nem toda a arte do período moderno é moderna -, mas por uma nova atitude e consciência da modernidade. Para ele, ou o homem acompanhava o mundo novo que surgia (capitalismo) ou ficaria no passado. Afirmava que o artista da modernidade tinha que participar de seu mundo, devendo ser o herói de seu tempo expressando esse novo mundo que surgia. O artista deveria colocar em sua obra as modificações a qual era submetido, fazendo também uma crítica social.
O conceito de modernidade que passa a se manifestar no final do século XIX e século XX, é diferente. Segundo TEIXEIRA COELHO (1990), “o