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CABEÇALHO

COMTE - SPONVILLE, André. Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1999 – Tradução de Eduardo Brandão, P. 173 a P. 225.

CORPO DO TEXTO

AS TRÊS DIMENSÕES DO AMOR

Segundo o autor Comte-Sponville o amor Eros e um amor profundo e incompreendido são geralmente associados à sensualidade, entretanto não é necessariamente sensual, ou carnal. Sua idéia fundamental é a de romance e prazer. E devemos admitir que nem todo prazer está relacionado a sensualidade, pois sempre que nos afeiçoamos a alguém pelo simples prazer, alegria, satisfação de sua companhia, estamos expressando a dimensão Eros do amor. E bom lembrar que Eros não tem nada de demoníaco, pornográfico ou pecaminoso, e sim corresponde a profundidade do amor. Já o amor Philia participa da força do Eros, as três maneiras formam-se um conjunto inseparável. O amor torna-se então puro e límpido, dando sentido para a vida, desse modo o Eros e a Philia é enobrecido ao máximo, mas simultaneamente tão purificado que se funde com o agapé. Essa unificação não se dá em confusão, é a unidade que cria o amor. O amor Agapé este define como um amor divino, em estado puro, fundado na fé e por ela plasmado. Não é um amor interesseiro, não espera recompensas por seus gestos e não é um amor por “piedade”. E neste amor que experimentamos, no serviço ao próximo. É o ápice do amor, une o Eros, Philia, doação total.

CITAÇÃO DIRETA

P. 175 “Sem o amor, o que restaria de nossas virtudes? E que valeriam elas se não nos amássemos?”

P. 181 “Primeiro que o amor não é Deus, nem um Deus. De fato, todo amor é amor a alguma coisa, que ele deseja e que lhe falta.”
P. 192 “ O amor é desejo, claro, pois o desejo é a própria essência do homem. Mas o desejo não é falta: O desejo é potência, o amor é alegria. E daí que temos que partir,ou tornar a partir.”

P. 207 “A mãe que dá ao filho tudo o que possui não é generosa, ou não precisa sê-lo: Ela