Modelo de relatorio tecnico
Estamos preparados para a automação residencial? O
José Roberto
Muratori é engenheiro, membro fundador e conselheiro da
AURESIDE – Associação
Brasileira de Automação
Residencial
34
Automatizar
conhecido escritor de ficção científica
Isaac Asimov, na introdução da coletânea de contos “Máquinas que Pensam”, fazia uma constatação:
“A tecnofobia sempre existiu, uma vez que não há sentimento mais natural que desconfiar de tudo que é novo e apegarse ao que já foi testado e aprovado, ou seja, àquilo que já nos acostumamos. A experiência histórica, porém, demonstra que a aceitação da novidade é tão lenta e paulatina que a tecnofobia limita-se a ser apenas uma extravagância que atrasa ainda mais o progresso, aumentando a lentidão do que já é lento por natureza”.
Completando esta afirmação, é sabido através de estatísticas bem fundamentadas que apenas de 10 a 15% dos indivíduos podem ser considerados à vontade com novas tecnologias, os chamados “pioneiros”. São eles os costumeiros consumidores das novidades tecnológicas, deixando para a restante maioria da população a qualificação de pragmáticos e céticos. Este embasamento deveria ser conhecido e utilizado pela maioria das empresas de alta tecnologia quando preparam seus lançamentos de novos produtos e serviços.
No entanto, muitos dos profissionais envolvidos com a atividade de divulgar e implantar novas tecnologias ainda estão despreparados neste sentido. Pois, ao julgarem que os consumidores estão prontos para receber as novidades, muitas vezes malogram em seus projetos.
A impressão de que o consumidor está bem informado e que terá facilidade em adaptar seu comportamento e estilo de vida às novas tecnologias que lhe são oferecidas é um pressuposto perigoso e que, na maioria das vezes, não se mostra verdadeiro. Se isto é válido para tecnologias mais difundidas, como o computador doméstico, o celular ou a Internet, o que
dizer de conceitos