modelo de fichamento
História e Direito
Professor: Luiz Guedes
Estudante: ____________ Turma: _______________ Data: ______
Fichamento do texto Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, de Nietzsche O texto confronta os aspectos racional e intuitivo dos seres humanos, ambos propiciados pelo intelecto, elemento por excelência diferenciador do mundo humano em relação ao mundo da natureza. Em outras palavras, põe-se em oposição o mundo “verdadeiro”, caracterizado pela necessidade humana de se construir um espaço de convivência social marcado pela padronização de convenções lingüísticas, morais e conceituais que visam a orientar os sentimentos, as ações, os comportamentos de seus integrantes, e o mundo dos “sonhos”, que diz respeito ao desenvolvimento da capacidade humana de recriar, de reinventar seu mundo, valendo-se das mesmas convenções supramencionadas, sem, contudo, estar rigidamente atado a elas.
O leitor menos atento, ao ler a primeira parte do texto, corre o risco de pensar que o autor é um irracionalista, alguém que vê com extremo pessimismo a condição humana e que pretensamente defende o retorno ao Estado de natureza. Não obstante, o que se entende é que, ao se valer do intelecto para manter-se vivo no mundo natural, o ser humano criou uma série de artifícios, tais como a linguagem, as palavras, os conceitos, que o ajudaram a apreender o ambiente em que viviam e a organizar a coletividade. O problema reside no fato de que tal atitude levou a humanidade a acreditar ser capaz de conhecer a verdadeira essência das coisas ao relacioná-las àqueles artifícios.
No entanto, conforme exposto no texto, o conhecimento humano do mundo é intermediado por diversos tipos de metáforas, tais como imagens, sons, representações gráficas, incapazes de nos transmitir a verdade sobre cada objeto, cada fato, cada indivíduo em particular. Esta constatação nos remete ao abismo gnoseológico tratado pelo professor João Maurício Adeodato,1 uma vez que