Modelo de fichamento
a) Referência Catalográfica
NOBRE, Marcos. Apontamentos sobre a pesquisa em direito no Brasil. Novos estudos, Campinas, n.66, p. 145-154, jul. 2003.
b) Estrutura do Texto
1) Principais pontos levantados pelo autor
Atraso na pesquisa em direito no Brasil.
Confusão entre prática jurídica e pesquisa acadêmica.
O isolamento do direito das demais ciências humanas.
Modelo de ensino jurídico insatisfatório.
2) Conceitos-chave
Pesquisa acadêmica, ensino jurídico, ciências humanas, interdisciplinaridade, dogmática, ciência do direito, técnica jurídica.
3) Resumo
O artigo coloca em discussão o modelo atual de pesquisa jurídica desenvolvido no Brasil, fazendo uma comparação do avanço qualitativo deste com os das outras ciências humanas.
Verifica-se que, nos últimos 30 anos, não houve um avanço considerável na pesquisa acadêmica em Direito, como houve nas demais ciências humanas. Isso, segundo o autor, por dois motivos: pela falta de interdisciplinaridade com outras ciências humanas; e, a confusão entre a prática jurídica e o objeto de pesquisa do direito. Ambos, intrinsicamente, relacionados. Na década de 30, o Direito, por ser uma ciência humana pioneira nas universidades brasileiras, não buscava integração com as demais ciências, a não ser naquilo que importava “para o exame jurídico dos temas em debate.”, ou seja, havia apenas uma integração limitada. Situação que facilitou o afastamento das demais ciências. O modelo de ensino jurídico adotado antigamente também contribuía para esse distanciamento.
Essa realidade começa a ser alterada a partir da década de 90, quando as demais áreas das ciências humanas despertam interesses por questões jurídicas, em razão da “consolidação mesma do sistema universitário de pesquisa” e o forte caráter social da Constituição Federal de 1988.
O isolamento do direito afetou não somente a pesquisa jurídica. Afetou, também, o ensino jurídico, que se baseia num modelo de transmissão dos resultados