Moda e sustentabilidade
Problemáticas.
Elaborado por:
Larissa,
Designer, 2011.
Caruaru, 2013.
INTRODUÇÃO
Para compreender como se configurou a relação entre o homem e a natureza, torna-se necessário um breve retorno na história da humanidade. O homem teve diferentes percepções da natureza. Inicialmente a respeitava, tinha uma visão sacralizada, considerando-a imprevisível e indomável. Os
Deuses eram entendidos como agentes dos fenômenos naturais, o homem aceitava e temia seus desígnios, agradecendo a generosidade proporcionada: a chuva, as plantas, os animais. Depois, com os físicos gregos e, mais tarde com o judaísmo-cristão, o homem passa a ter uma postura interrogativa e contemplativa. (CAMARGO, 2002)
Com o desenvolvimento da ciência, passou a ser fundamental compreender o significado das coisas que aconteciam. O que a ciência não explicava, era atribuído ao divino, uma relação homem-natureza dentro de princípios metafísicos e divinos. Com a revolução da ciência no século XVII e depois com a revolução industrial, o modelo orgânico de mundo "mãe-terra", foi substituído pelo modelo mecanicista "mundo-máquina". Com isso, o universo material, incluindo a natureza, passou a ser considerado como uma máquina, que pode ser completamente entendida e analisada. A natureza e o universo eram compreendidos como coisas mutáveis, a serem dominadas, exploradas e pesquisadas pelo homem. (CAPRA, 1996)
Surge no século XX, uma visão romântica da natureza como "um grande todo harmonioso", que levou alguns cientistas a ver a Terra como um todo integrado. A ciência trouxe uma perspectiva global da natureza, conhecida como pensamento sistêmico, surgindo uma nova ciência: a Ecologia. A natureza passa a ser vista como uma teia inter-conexa de relações, cujas propriedades essenciais nenhuma das partes possui isoladamente. A visão sistêmica reconhece que todos os conceitos e teorias são limitados e aproximados, e a ciência não fornece uma completa