mobilidade urbana
Se a divisão modal se insere como a forma mais objetiva de se instituir grupos ou classes entre aqueles que se deslocam no espaço cotidiano, para alguns autores essas divisões não devem ter tanto crédito, pois o motorista, o pedestre e o passageiro são todos papéis passíveis de serem representados por um mesmo indivíduo. De toda maneira, é necessário considerar tanto a mobilidade quanto o trânsito em si como processos históricos que participam das características culturais de uma sociedade e que traduzem relações dos indivíduos com o espaço, seu local de vida, dos indivíduos com os objetos e meios empregados para que o deslocamento aconteça e, dos indivíduos entre si.
A mobilidade também pode ser afetada por outros fatores como a renda do indivíduo, a idade, o sexo, a capacidade para compreender as mensagens, a capacidade para utilizar veículos e equipamentos do transporte, todas essas variáveis podendo implicar em redução de movimentação permanente ou temporária.
Por todas as razões aqui expostas, é necessário tratar os deslocamentos não apenascomo a ação de ir e vir, mas a partir do conceito de mobilidade, acrescido da preocupação com a sua sustentabilidade.
Em diversas cidades brasileiras, nas últimas décadas, constata-se uma piora na qualidade do transporte coletivo urbano. Entre outros motivos pode-se apontar a falta de uma rede de transporte integrada, que atenda aos desejos de