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Os praguicidas utilizados ao longo dos anos apresentavam moléculas extremamente eficientes, com resultados excelentes, inclusive em baixas dosagens. Com o passar dos anos notou-se que as pragas começavam a apresentar dificuldades (defesas) para a sua eliminação. Iniciava-se o processo de “resistência” das pragas aos praguicidas.
Os termos “resistência” e “tolerância”, de conceituação muito ampla, não serão discutidos aqui. Entretanto, temos que ter em mente que apenas mediante o uso racional e técnico dos praguicidas, associado a medidas auxiliares de controle, teremos respostas mais eficazes, de menores custos, além de reduzirmos os riscos das contaminações acidentais.
O Manejo Integrado de Pragas se apresenta como um processo, em que medidas auxiliares e coadjuvantes são inseridas no controle das pragas e, a utilização dos praguicidas passa a ser uma etapa interveniente neste processo, não mais fator essencial.
Quando bem empregada, a técnica do Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP) limita os efeitos potenciais prejudiciais dos pesticidas químicos à saúde pública e ao ambiente natural.
O objetivo dessa estratégia não é o de eliminar os agentes, mas reduzir sua população de modo a permitir que seus inimigos naturais permaneçam na plantação agindo sobre suas presas favorecendo a volta do equilíbrio natural desfeito pela plantação e pelo uso de defensivos agrícolas. Dessa forma, requer o entendimento do sistema da plantação como um todo e o conhecimento das interelações ecológicas entre os insetos agressores, seus inimigos naturais e o ambiente onde está a plantação está inserida.
O uso indiscriminado dos praguicidas químicos entretanto, usualmente acaba gerando efeitos colaterais. Falhas nas técnicas de aplicação, uso de equipamentos inadequados ou a falta de seleção criteriosa dos princípios ativos podem levar a reduções aparentes de focos, que ressurgem após períodos de descontinuidade dos cuidados iniciais.