Mito do eterno retorno - ARQUÉTIPOS E REPETIÇÃO cap. 1 idéias principais
MIRCEA, Eliade. Mito eterno retorno: cosmo e história. Tradução José A. Ceschin. São Paulo, 1992. P. 17 - 51.
Mircea Eliade, historiador das religiões, estudou as crenças antigas nas suas mais diversas formas, segundo Mircea podemos perceber no mito uma relação com o Cosmo, nesse trabalho em especial o autor busca o entendimento do mito assim como ele era compreendido na época dos povos mais primitivos.
Pode-se observar no texto que o autor deixa um pouco de lado a questão da investigação histórica e estabelece várias concepções sobre qual seria a influência das religiões sobre esses povos estando, dessa maneira, em um campo mais especulativo.
No início do texto, Mircea procura explicar de forma sucinta qual o objetivo principal de sua pesquisa, ressalta que uma das características da obra é mostrar conceitos do ser e da realidade a partir do comportamento dos homens nas sociedades antigas. É destacado também que os conceitos nem sempre eram formulados em linguagem teórica, assim é necessário entender e trazer para nossa linguagem todos esses símbolos e mitos.
Mircea procura mostrar que a “história” é construída pelos mitos que explicam a evolução, ele diz que o homem arcaico vive uma repetição daquilo que existiu antes, ou seja, todos os atos importantes foram por conta dos Deuses ou heróis, por isso os indivíduos dessas sociedades repetem esses atos para sempre em suas vidas.
O autor ressalta no texto o entendimento de arquétipos (primeiro modelo exemplar) explicando também o que seria o simbolismo do centro que faz parte de um “simbolismo de mundo” das sociedades arcaicas, onde o universo seria sagrado. Essa visão pode ser vista de alguns modos por Mircea no texto, visto que o autor enriquece a narrativa também com vários exemplos práticos como as crenças iranianas, finlandesas, japonesas e outros povos O autor destaca que nessas sociedades o centro tem correspondência as mais diversas crenças desses povos. O