Mito da caverna
Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda a sua vida, não vira senão sombra de imagens (as sombras das estatuetas e animais projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade, ou seja, ao quebrar os paradigmas, nós percebemos as pessoas fazendo exatamente o que nós fazíamos e enxergamos isso com uma outra visão sabendo que aquilo não é a verdade absoluta, ela apenas é imposta a aqueles que aceitam essa condição. Conhecendo o mundo Bugui percebe que tudo que imaginava era completamente diferente da realidade, afinal, não poderia ter certeza de algo que não vivenciou, a experiência do mundo exterior fez perceber que o que sabia era incompleto, que não sabia o bastante e que agora tinha outra visão de mundo e suas atitudes também seriam diferentes.
Libertado e conhecedor do mundo, Bugui regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los. Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele? Já que tinham uma visão diferente do mundo exterior e não haviam vivenciado tal experiência, ou não acreditariam em seu companheiro, pois seus pensamentos estavam direcionados para outra forma de pensar e suas experiências não permitiam tal pensamento. Bugui provavelmente não seria bem aceito, já não fazia mais parte do grupo, pois não pensava mais como ele e com a nova experiência mudaria sua forma de agir. Mas, quem sabe alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade. Ao tentarmos convencer as pessoas que nos rodeiam de que a forma de que elas acham que é a correta na verdade não é, criaria uma rejeição por parte deles que