Mito Chinês Antigo-Como Hou Yi atirou nos sóis

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Como Hou Yi atirou nos sóis
Na mitologia chinesa antiga, o céu não tinha apenas um, mas sim 10 sóis. Todos os dias, a deusa da energia solar Shiho pegava um desses sóis (todos eram seus filhos) e o mandava para o céu em sua carruagem.
Enquanto isso, os outros nove ficavam entre as folhas da árvore mítica Fusang (também conhecida como “Árvore da Vida”, uma complexa representação das transformações espirituais e energéticas do ser humano), que supostamente tinha mais de 3.000 metros de altura e ficava num lugar especial, a “Terra de Fu Sang”, no Ocidente (alguns acreditam que essa é uma ilusão à América).
O sistema de Shiho funcionou bem até o dia em que os sóis se cansaram de sua responsabilidade, e, revoltados, decidiram ir todos ao céu ao mesmo tempo, a fim de gerar luz e calor suficiente para que todos pudessem tirar alguns dias de folga depois.
O que aconteceu, no entanto, foi que eles secaram rios, causaram queimadas e levaram à secas generalizadas na Terra. Eles não podiam ficar sem castigo, certo? O deus do sol Dijun então chamou o arqueiro Hou Yi que, com 10 flechas mágicas, estava encarregado de disciplinar os sóis. Ele perseguiu e matou nove deles, e apenas um, pois a flecha final de Hou Yi foi roubada para salvar a Terra da escuridão perpétua.
Esse mito antigo chinês também afirma que os eclipses solares eram causados por um demônio ou dragão que devorava o sol, levando a uma tradição em que as pessoas tocavam bateria ou tambores para assustar o “comedor de sol” e fazê-lo ir embora.
Só que, na realidade, os astrônomos chineses pareciam entender que os eclipses eram fenômenos naturais, pelo menos desde 720 a.C., já que as observações mais antigas feitas em ossos datam de cerca de 3.000 anos.

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