Mineroduto: É o que queremos para Viçosa

Universidade Federal de Viçosa

Mineroduto: É o que queremos para Viçosa?
Na última quarta-feira, 14, foi realizado no auditório do departamento de Engenharia Florestal um debate acerca da possibilidade da passagem de um mineroduto pertencente a uma empresa Inglesa e de capital Australiano denominada Ferrous Resources. O mineroduto que a empresa pretende instalar sairá de Congonhas (MG) até o porto de Presidente Kennedy (ES). A população das cidades atingidas vem se mostrando contra ao empreendimento visto que causará vários danos ambientais e sociais por todo o seu trajeto.
O debate se iniciou com um teatro onde uma estudante perguntava a universidade a sua posição a tal empreendimento. Foi, na verdade, uma crítica à universidade que se mostrou até agora neutra e com um certo descaso frente aos problemas que toda a população e até mesmo a instituição poderá sofrer. Logo após, o estudante e Membro da campanha pelas águas e contra o mineroduto da Ferrous, Luís Paulo Guimaraes, começou a fazer uma introdução dos verdadeiros impactos que poderá gerar com a passagem do mineroduto.
O mineroduto são tubulações que carregam o minério diluído sob pressão de água, necessitando de grande volume dos rios. Para esse empreendimento é necessário que se construa um relatório de impacto ambiental EIA/RIMA mostrando os impactos que poderá surgir junto com possíveis medidas mitigadoras para esses problemas. O EIA da Ferrous catalogou ao longo do percurso do minério no Rio São Bartolomeu (Principal no abastecimento de Viçosa) 6 nascentes que poderão ser prejudicadas, já os levantamentos feitos pela AGB constataram 36 nascentes, um número absurdamente discrepante e grande que poderá afetar Viçosa e a UFV de forma irreversível, o que mostra um relatório inconsistente por parte da Ferrous.
O comprometimento vai muito além dos mananciais. Para se construir o mineroduto precisa-se de uma faixa de servidão de no mínimo 40 metros, fazendo com que famílias sejam desalojadas de suas