Minerais industriais
Introdução
Denominam-se rochas e minerais industriais (RMI) os materiais naturais (e, ocasionalmente, resíduos da indústria ou da construção) que são empregados na atividade humana, não para obter metais ou energia, mas pelas suas propriedades físicas, químicas ou ornamentais, manifestas no mineral ou rocha tal qual são extraídas ou após uma transformação não metalúrgica. São utilizados em produtos e processos, como matérias-primas básicas, insumos ou aditivos, de uma grande variedade de segmentos industriais, tais como cerâmicas, tintas, fertilizantes, papel, farmacêuticos, vidro, abrasivos, plásticos e borracha, entre vários outros. Normalmente distingue-se entre minerais metálicos ou minérios, recursos energéticos e rochas e minerais industriais. Os primeiros foram a base do desenvolvimento industrial no século XIX, tendo prolongado sua importância no século XX, visto que, mediante sua explotação e tratamento metalúrgico são obtidos (exceto os metais reciclados, de importância crescente) a totalidade dos metais usados na indústria e na construção.
Características das Rochas e Minerais Industriais
Do ponto de vista de sua utilização como matéria-prima, as RMI possuem algumas particularidades que, como grupo, as definem e as diferenciam dos minerais metálicos. Essas particularidades são, entre outras, as seguintes:
a) Explotabilidade determinada pelo uso. A possibilidade ou impossibilidade de explotar um jazimento de RMI depende de três fatores interligados e inseparáveis: As características geológico-mineiras do mesmo, as possibilidades de tratamento do material para conseguir um produto comercial e o preço de mercado para cada aplicação específica do material extraído. A explotação de um jazimento de areia silicatada, por exemplo, pode resultar rentável se a pureza e homogeneidade do material são suficientes, se existem reservas suficientes, acessíveis e transportáveis a preço