migração
No Brasil, os principais fluxos migratórios, a partir da metade do século, são feitos pelos nordestinos que se dirigem para o sudeste, centro-oeste e norte do país. Isto se deve à forte desigualdade social do nordeste brasileiro, que é ocorrência do clima seco e do solo pouco produtivo dos sertões, além de uma distribuição de terras e renda má resolvida.
As regiões sul e sudeste do Brasil, bem desenvolvidas industrialmente e com mercado crescente, tem sido visadas cada vez mais pelas correntes migratórias, devido também à expansão das fronteiras agrícolas, da abertura de garimpos e também por causa das obras, como usinas hidrelétricas e rodovias.
São Paulo é a cidade que mais sofreu e sofre com a migração. Os antigos moradores da primeira metade do século, que também vinham de imigrantes estrangeiros de várias nacionalidades como italianos, alemães, japoneses e árabes, moravam na então cidade de São Paulo, que se resumia ao antigo centro de hoje e a bairros ao redor. Com a chegada da industrialização na região do ABC (cidades ao redor de São Paulo), os migrantes brasileiros se instalaram ali, criando áreas periféricas de São Paulo. Sem emprego, a maioria se instalou com péssimas condições de estrutura, com falta de saneamento básico e construções em terrenos irregulares. Assim os imigrantes, junto com os já desempregados, criaram uma grande massa de desemprego e condições más de vida na cidade.
Este final de século vem sendo marcado pela alta desigualdade social, pois com essa centralização do poder (na capital), a população é cada vez mais marginalizada, dando origem à favelas de vários portes. Por outro lado, toda essa riqueza industrial é atrativa para quem vem de fora.
As migrações pelo território brasileiro estão associadas a fatores econômicos, desde o tempo da colonização pelos europeus.
Quando terminou o ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste e teve o início do ciclo do ouro, em Minas Gerais, houve um enorme deslocamento de