Migracao

Números do Censo de 2010, apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados neste ano, atestam que 41,91% da população de Caxias do Sul nasceu em outras cidades. Ou seja, quase a metade. O número de não naturais é maior do que em Porto Alegre (34,33%) e do que o Estado (37,25%). Em contrapartida, municípios do Litoral Norte concentram índices de não naturais acima de 80%, caso de Balneário Pinhal, Cidreira e Imbé.

No Estado, a microrregião Caxias do Sul, formada por Caxias e outros 17 municípios, foi a que teve o maior saldo migratório na última década em todo o Estado, medido pela diferença entre o número de pessoas que chegaram e que deixaram a cidade. Para se ter uma ideia, a microrregião Porto Alegre, formada pela Capital e por outras 21 cidades, teve saldo migratório negativo: mais pessoas escolheram buscar outras regiões para morar.
Esse elemento pode ser evidenciado pelos casos de Porto Alegre e Caxias do Sul: a capital, que continua sendo o município mais populoso do Estado, passou de 1.360.033 pessoas em 2001 para 1.409.351 no levantamento atual. A taxa de crescimento em dez anos foi de apenas 3,63%.
Já Caxias do Sul, que é um importante polo metal-mecânico da serra gaúcha, teve expansão populacional de 20,8% no mesmo período, passando de 360.419 habitantes para 435.482.
O estudo aponta para alguns dados preliminares:
 há uma predominância de mulheres na procura pelos serviços do CAM. Esses dados mostram que a população que migra inicialmente é de mulheres;
 a faixa etária dos migrantes localiza-se entre 20 e 44 anos, representando 67,65% dos envolvidos. O destaque nas faixas etárias mostra que são jovens os envolvidos. A busca por trabalho; a possibilidade de mudança de localidade; a mudança de hábitos culturais; o emprego e a renda, bem como escola para os filhos são motivos que esses migrantes apresentam para sair do lugar de origem;
 quanto ao estado civil, 32,95% declaram união estável e 21,23% são casados,