Midias
Como as mídias sociais permitem geração de conteúdo por qualquer usuário, tornou-se tarefa árdua separar o que é verdade do que é boato, informação manipulada, “recortes” sem considerar o contexto todo e por aí vai. Sem contar a enxurrada de trolls (mentiras disseminadas para causar polêmica). Em alguns casos, parece até briga de rua, com direito a puxões de cabelo e xingamentos, com a turma do deixa-disso tentando amenizar o clima belicoso que tomou conta do Facebook e do Twitter, colocando amizades na corda bamba apenas por discordâncias políticas. E muita gente simplesmente deletou amigos de sua rede de contatos.
O mais curioso é acompanhar nas redes sociais as reações aos debates na TV. Já é um fato que 34% dos brasileiros navegam em uma segunda tela (principalmente smartphone) enquanto assistem TV, segundo pesquisa recente da consultoria americana Millward Brown. Assim, não é de se admirar os comentários cruzados (Twitter e Facebook, em especial) sobre os debates.
Vamos a algumas percepções:
1) Durante e logo após os debates na semana passada e nesta, acompanhei as reações no Facebook. O curioso foi ver que quem é a favor de um ou de outro candidato usou os MESMOS argumentos para denegrir o opositor: olha a cara de nervosismo dele/dela, olha as mentiras que ele/ela está dizendo, olha como ele/ela gagueja, olha os absurdos que aconteceram no governo dele/dela, vejam que ele/ela é o mais preparado, ele/ela está acabando com o oponente no debate etc etc. A MESMA conversa, de ambos os lados… Ou seja, as armas são as mesmas, independente de quem as empunha.
2) A virulência das acusações nos palanques eleitorais