meu deuss como loga nessa bagaça

O Júri – John Grisham janeiro 15, 2007
Quando mais nova, lembro-me de tê-lo visto na prateleira algumas vezes.
Talvez por ser jovem demais, e gostar apenas de livros de ficção infanto-juvenil, nunca me interessei. Lembro-me que não achava a capa bonita o bastante, e naquela época, a descrição não me soou interessante. Imagino que tenha sido por não entender lhufas sobre o assunto, parecia “adulto” demais.
Que garota de 12 anos acha um livro sobre julgamento interessante?
O tal sumiu da prateleira, e nunca mais me lembrei dele.
Então, um belo dia, minha querida sogra (e pode acreditar, não há ironia no querida) mandou-me alguns livros, pois como é de conhecimento geral da nação, livros são caros, eu estou temporariamente falida, e sou uma leitora inveterada.
Dentre esses livros estava “O Júri”, de John Grisham, de 1996, edição de 1998 da Rocco.
A primeira impressão que tive vendo a capa ainda foi “é adulto demais”. – Que bom! – pensei. Estava realmente um tanto injuriada com as minhas últimas leituras, algumas infantis demais, outras fúteis demais, e mais algumas aterrorizantemente ruins.
Comecei sem ler a descrição, confiando nas sábias palavras de minha mãe, que disse que o livro era bom, prendia a atenção, e não era pura baboseira.
E fiquei apaixonada.
Achei o início um tanto confuso; começa na ótica de uma personagem, muda para outra e outra, sem distinção de capítulos e sem aviso prévio. Aos poucos acostumei com a narrativa, e achei bem interessante o modo de demonstrar as ações ocorrendo simultaneamente.
Familiarizei-me com as personagens principais rapidamente. A trama básica é a seguinte: Um senhor, que fuma compulsivamente um cigarro da marca Bristol, morre de câncer de pulmão aos 51 anos. Sua esposa resolve processar a empresa fabricante do tal cigarro, pedindo uma indenização pelos ganhos futuros de seu marido mais uma indenização punitiva, por danos gerais.
Nos EUA, quem julga um caso é o povo. Todo eleitor cadastrado (o voto é facultativo)