Metrologia
1. Introdução
1.1 Considerações Gerais
A medição da pressão assume grande importância na indústria sendo o manômetro de Bourdon uma das soluções mais freqüentemente utilizadas. A patente original deste medidor data de 1852, tendo sido registrada por E. Bourdon. Em baixo pode-se observar um esquema de um tubo de Bourdon. O funcionamento deste tipo de manômetros é baseado na alteração da curvatura originada num tubo de secção elíptica pela pressão exercida no seu interior. A secção elíptica tende para uma secção circular com o aumento da pressão no interior do tubo levando a que o tubo se desenrole. Este tubo tem a uma das extremidades fechadas e ligada a um mecanismo (com rodas dentadas e mecanismos de alavanca) que permite transformar o seu movimento de "desenrolar" (originado pelo aumento de pressão no interior do tubo) no movimento do ponteiro do manômetro. A medida da pressão é relativa uma vez que o exterior do tubo está sujeito à pressão atmosférica.
A precisão destes manômetros é da ordem de 0,1% fsd. Para pressões baixas e para aumentar a sensibilidade são normalmente utilizados os modelos com tubo em espiral ou em hélice. Deste modo consegue-se uma sensibilidade excelente, respondendo em cerca de 0,01% da pressão máxima. Se este manômetro contiver alguns mecanismos, como um pivot ou engrenagens, a sensibilidade diminui, sendo de 0,1% da pressão máxima.
Tal como em outros tipos de manômetros, o tubo de Bourdon também apresenta alguma histerese no seu ciclo. Esta histerese total é da ordem de 0,1 – 0,5% da pressão máxima do ciclo. Como a energia do tubo é suficiente para sobrepor todo o tipo de fricção e atrito dos seus movimentos, o tubo não apresenta histerese significativa (é praticamente nula). Uma medição industrial de pressão pode ter uma exatidão de cerca de 5% da amplitude da escala. Contudo, as condições de trabalho raramente o permitem, pois não são as ideais. É de referir ainda que desvios da temperatura