Metalurgica
História da metalúrgica.
Alguns anos atrás o homem apenas empregava os metais, obtidos em estado natural, substituindo a pedra como base técnica primitiva. O trabalho inicial dos metais utilizava as técnicas da idade da pedra limitando-se ao fabrico de objetos simples de cobre, ouro e chumbo, metais fáceis de moldar e que se fundiam a temperaturas relativamente baixas.
O início da metalurgia representou um marco importante no desenvolvimento humano, criaram novas necessidades, relações técnicas e sociais iniciando assim novos contatos entre regiões. As qualidades únicas de matérias-primas, como cobre, bronze, ouro, prata ou ferro, aliadas à capacidade de reutilização, à comodidade de armazenamento e às origens geográficas, deu origem a novas divisões sociais que se tornariam cada vez mais vincadas.
A metalurgia provocou novas divisões técnicas e profissionais do trabalho, tais como: indivíduos que se especializaram na prospecção de novos depósitos de minério; mineiros que extraiam os minérios; fabricantes de carvão vegetal; indivíduos que nas ferrarias separavam o metal dos produtos associados; ferreiros que laboravam o metal em bruto; alfagemes especializados no fabrico de armas brancas e em afiar instrumentos cortantes; artífices de cutelaria, etc. Os artesãos dependiam uns dos outros e, mesmo dentro das oficinas, teve de se estabelecer uma divisão de tarefas.
Ao desenvolvimento da metalurgia sucederam-se consequências diretas inevitáveis no campo das relações sociais que envolviam os artesãos. Os técnicos de metalurgia eram vistos como possuidores de poderes sobrenaturais desfrutavam de grande prestígio, constituía uma espécie de casta secreta e os segredos do ofício eram transmitidos apenas a iniciados. Os artífices que trabalhavam o metal ocupavam um lugar especial entre as classes governantes que se aproveitavam dos seus serviços. Surgiram ainda relações que envolviam os diversos tipos de produtores,