mestrado
DA FÁBRICA CEDRO E CACHOEIRA (1890 -1915)
Manoel Julio de Paula (autor)
Maria Cristina Soares de Gouvêa (co-autora)
Universidade Federal de Minas Gerais juliogalhardiafae@hotmail.com crisoares43@yahoo.com.br
Palavras-chave: escola; sujeitos; século XIX.
OBJETIVO:
Inserida no recorte temporal cujo período delimita-se entre 1890 a 1915, a pesquisa em andamento tem como escopo principal analisar a infância a partir da ação de duas componentes socializadoras, ou seja, a escola e a fábrica. Para isso buscar-se-á concentrar nossa análise nas escolas de primeiras letras criadas para as crianças trabalhadoras da fábrica de tecido Cedro e Cachoeira, situada na cidade de
Caetanópolis, MG. Ao analisar tais escolas objetivaremos compreender o processo de escolarização da criança trabalhadora e as estratégias de viabilização da instrução elementar para esta população. Portanto, através deste estudo almeja-se investigar os espaços e instâncias de inserção e formação da criança naquele período histórico, destacadamente as tensões entre a escola e o trabalho. Tentando compreender, dessa forma, que tessitura de infância resultava do imbricamento de ações advinda do tempo fabril e escolar. Portanto, buscar-se-á compreender em que medida a experiência trazida por aquelas crianças, experiência essa forjada a partir do embates e lutas travadas no interior do processo fabril, contribuirão, ou não, na constituição de sujeitos, não somente os sujeitos da fábrica, mas os da escola, fruto da relação dialógica entre fábrica e escola.
APRESENTAÇÃ/PROBLEMATIZAÇÃO
“[...]Lamentável é ainda alguns paes descuidarem-se assim dos seus filhos, permitindo-lhes tempo para apprenderem cousas dessa natureza [ o vício do jogo], quando o verdadeiro caminho para a felicidade dos mesmos são a escola ou a aprendizagem de um officio, onde o exemplo do trabalho patentea ao homem a estrada do bem e do dever”... (grifo