Merton
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
O funcionalismo heterodoxo de Robert K. Merton
Disciplina: Teoria Sociológica 2
Professor: Gustavo Gomes
Monitora: Débora Vasconcellos
Grupo: Alexandro Araújo Carolline Guimarães Maria de Jesus Lins Rafaela Vasconcellos
Recife
2014
Apesar de seguir a teoria funcionalista, o sociólogo norte-americano Robert Merton é considerado um grande crítico da perspectiva parsoniana, ao problematizar alguns dos mais importantes pressupostos teóricos e empíricos dessa teoria. Com ênfase na validade empírica, Merton critica três postulados centrais da análise funcional: a) a existência de uma unidade funcional da sociedade; b) o funcionalismo universal e c) a indispensabilidade das estruturas sociais. Se, para Parsons, as diversas partes de um sistema social cumprem uma função positiva e indispensável, de forma integrada, para Merton, isso não é verificado nas sociedades mais complexas, onde é preciso pensar os impactos das estruturas sociais para os diferentes grupos sociais, organizações e coletividades (RITZER, 1997). Nesse sentido, o autor traz a importante noção de disfunção, segundo a qual um fato social pode ter consequências negativas para outro fato social, que dizer, do mesmo modo que as estruturas e instituições sociais podem contribuir para a manutenção da ordem social, e serem funcionais para alguns grupos, elas também pode ser disfuncional para outros. Com base nessa perspectiva, Merton desenvolveu o paradigma das teorias de médio alcance, segundo as quais há vários níveis de análise funcional. Para ele, abordar as questões sociológicas em níveis mais específicos facilita o entendimento da complexidade da realidade social. Assim, Merton dá conta de omissões do funcionalismo estrutural de Parsons e propõe um funcionalismo