Meninas
São elas: LUANA, 15 anos, moradora do Morro dos Macacos, chama a atenção por viver numa família só de mulheres e por dizer que planejou a gravidez. EDILENE, 14 anos, moradora de Engenheiro Pedreira, chama a atenção pelo fato de que, ao mesmo tempo, ela, sua mãe e JOICE, de 15 anos, uma ex-namorada do pai de seu filho, ficaram grávidas. EVELIN, 13 anos, moradora da Rocinha, chama a atenção por dizer que iniciou sua vida sexual aos 11 anos e por estar grávida de um namorado que trabalha para o tráfico de drogas, fato este em que ele só aparece de costas nas filmagens, e que ao final do filme, é morto num confronto com a polícia.
Essas meninas têm sonhos muito parecidos, que são interrompidos pela chegada de seus filhos, impedindo até mesmo que elas continuem indo à escola. Neste filme, elas mesmas nos guiam pelos sentimentos e pensamentos de alguém que “pula” boa parte da infância, porque já carregam no ventre outra criança. No início da gravidez, elas encararam com normalidade, depois nem tanto. Elas vêem isto com naturalidade, o futuro parece ser uma coisa muito distante. Onde elas vivem, as escolas não são tão boas. Os sonhos de estudar, cursar uma universidade, ter uma carreira, não existem mais. O filme nos mostra como que um filho transforma suas vidas.
Mas o que leva essas meninas à engravidar não é a falta de informação, elas sabem como se engravida ou não, elas conhecem o preservativo. O que falta é um trabalho, na escola, na família e também de responsabilidade do Estado, de falar sobre a sexualidade, abordando essa questão de forma aberta, para que quando tiver que fazer a escolha, que seja de forma madura. Quando se pensa em educação, não é só na das meninas, mas na