memorial de formação
Assim que o ano de oitava série estava terminando, o assunto e a dúvida da turma era “para qual escola ir o ano que vem?”, pois a escola que eu estava não tinha o ensino de segundo grau, por sinal na época na cidade de Gravataí não era oferecido o ensino de segundo grau diurno, fato este que me preocupava, pois eu sabia que minha mãe não deixaria eu estudar a noite com treze anos e pagar uma escola particular para o nosso orçamento seria muito difícil, mas deixar de estudar seria impossível para mim, seria como se tirasse minha vida. Finalmente, minha mãe me acalmou ao me matricular na escola particular Nossa Senhora dos Anjos, onde cursei Auxiliar Técnico em Mecânica.
O tempo que cursei o segundo grau de mecânica valeu pelas amizades, pelos professores, pelas atividades de dança e treinos de handebol, ou seja, mais pelo convívio social do que pelo conteúdo adquirido. Percebi quando fui trabalhar que o segundo grau foi muito limitado perto das inúmeras situações que a profissão de mecânica nos exige, na verdade, tudo que precisei para trabalhar como mecânica aprendi na prática.