Memoria
A memória é a capacidade que têm o homem e os animais de armazenar informações que possam ser recuperadas e utilizadas posteriormente. Os mecanismo neurais da memória não são completamente conhecidos. Considera-se que as informação transitórias e duradouras são armazenadas em diversas áreas corticais, de acordo com a sua função: memórias motoras no córtex motor, memórias visuais no córtex visual, e assim por diante. Podemos evocá-las sempre que desejamos consciente ou inconsceintemente.
No inicio do sec. XX pouco se sabia sobre a neurobiologia da memória. Na década de 20 o psicólogo Karl Lashley elaborou um experimento para medir a memória de ratos normais e compará-la com a de animais submetidos a lesões cerebrais. Seu objetivo era encontrar a sede do “engrama” (local onde ficam armazenadas as informações), como ele chamou a unidade teórica da memória, o rastro biológico que armazenaria as informações. Os ratos normais e lesados eram então colocados um a um em um labirinto e era contado o tempo que eles levavam para encontrar a saída, em sucessivos testes. Os animais normais melhoravam a cada teste, pois aprendiam o caminho da saída, levando um tempo cada vez mais curto, que a partir de um certo ponto se estabilizava. Os animais com lesões no córtex cerebral apresentavam um desempenho pior, precisando de tempos mais longos para encontrar a saída do labirinto, quanto maior a lesão pior o desempenho do animal. Lashley concluiu que a memória tinha localização distribuída no sistema nervoso. Depois de um tempo ele percebeu que interpretou erradamente seus experimentos: os animais lesados levavam mais tempo para chegar ao final do labirinto porque tinham déficits visuais, somestésicos, motores e outros que prejudicavam seu desempenho, devido ao tamanho das lesões. As concepções antilocalizacionistas de Lashley foram derrotadas. Um aluno de Lashley, o canadense Donald Hebb, levou a frente a concepção antilocalizacionista da