MEMORIA E INFORMAÇÃO

MEMÓRIA E INFORMAÇÃO

Memória e informação interligam-se, quando relatos e memórias atingem o espaço público. A memória é um fator tão importante que possibilita a sociedade e o indivíduo disporem de garantias para exercitarem de maneira eficaz o seu direito à informação. A autora cita os sobreviventes dos campos de concentração na Europa como exemplo do vínculo informação/memória coletiva, pois a informação obtida no trabalho da memória coletiva ganha uma dimensão de direito à vida e insere uma representatividade social e democrática.
A informação vai agir como garantia de liberdade. Ela reforça, no indivíduo, a sua capacidade de escolha, de decidir por si e pelo melhor da sociedade.
O acesso à informação é imprescindível, vital, imperativo, ainda que de forma fragmentária.
A informação qualifica-se em forma e em substância para provocar conhecimento para o homem e para o grupo social.
Quando o assunto é a recepção da informação, a autora exorta que “sua condição é obrigatoriamente sua condição é obrigatoriamente parcial, face às variadas estruturas informacionais ao nosso alcance e aos dispositivos de retenção, seleção e recuperação, ativados na interioridade do indivíduo.” Segundo ela, conhecer é escolher para eliminar.
A informação é transmitida através de signos (a linguagem) a um ser consciente (o indivíduo) por meio de uma inscrição (mensagem), disponibilizada em um suporte físico ou sonoro, entre outros.
O valor da informação vai preservar a confiança, a fim de que o espaço social e os agentes envolvidos conquistem condições de garantir as formas justas e adequadas da comunicação dos conteúdos informacionais que envolvem os mecanismos de transferência da informação.
No texto é citado o projeto de pesquisa Brasil: Nunca Mais, que envolve um grupo de especialistas em um estudo exaustivo no levantamento processual sobre a repressão política durante a ditadura, a fim de demonstrar o precípuo valor da informação como recurso à sobrevivência.
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