Melhorias Sociais 2004-2008
Segundo um consenso entre os analistas econômicos, as medidas adotadas pelo governo federal no enfrentamento da crise internacional foram bem sucedidas e caminhamos para a retomada do crescimento, perceptível na evolução do PIB em 2010.
Diante da crise, o governo afastou dos marcos conservadores e ortodoxos na condução da política econômica, enfrentando resistência do Banco Central.
Esta nova atitude fortaleceu os setores e práticas desenvolvimentistas, como, iniciativas da Casa Civil, do Ministério da Fazenda e do BNDES e o tratamento dispensado ao pré-sal.
Há muito tempo não se observava o crescente arrojo e desenvoltura na formulação de políticas industriais e tecnológicas, de recuperação e expansão na infraestrutura incorporando as pautas sociais e ambientais. Merecendo destaque a animadora repercussão desta postura governamental na opinião pública.
Porém, a reação conservadora já está em campo, com ampla ressonância nos meios de comunicação e expressiva penetração nos altos escalões governamentais, que ultrapassa os limites do Banco Central.
Pressionam para que, passada a fase crítica das turbulências, a política econômica retorne à sua orientação anterior. E, assim, o desenvolvimento voltaria a se realizar nos estreitos espaços permitidos pelos superávits elevados, câmbio valorizado (mantido) e juros estratosféricos.
A alternativa do desenvolvimento industrial e tecnológico é aquela que pode assegurar avanços significativos no emprego e na estrutura social.
Os contornos básicos das melhorias sociais durante o ciclo de crescimento 2004-2008 caracteriza-se como baixa performance do desenvolvimento social, sobretudo no fraco dinamismo da alta e média classe média e elevado desempregados, na baixa classe média e na massa trabalhadora (pobre).
Em 2004-2008, o PIB cresceu 25,9% e a expansão das oportunidades individuais para se obter uma ocupação foi de 13,5%.3
Observa-se que a melhora na