Melancia e coco verde, Simões Lopes Neto
A história começa, sendo narrada por Blau Nunes, que está na presença de um companheiro, e para quem narra um longo causo.
O narrador pede para o receptor esperar, fumar, que ele vai ao encontro de um velho conhecido, o Reduzo, índio que foi ―posteiro‖ da família Costas, em outros tempos. Neste momento há uma pausa, longa, a da conversa com o Reduzo, que é expressa por uma série de pontos, e é interrompida quando o narrador volta a falar com seu ouvinte.
A partir de então, ele narra a história do índio Reduzo, também chamado chiru, ao longo do texto. Recorda sua história desde menino, quando nasceu e foi criado na casa dos Costas, onde o patriarca é Iunanco Costa, um homem de vida feita, bem empregado, que comprou quatro sesmarias (terrenos não cultivados, no Brasil, cedidos para os novos povoadores pelos reis de Portugal) , para ele e para seus filhos.
O chiru criou-se com os filhos do Costa, juntos faziam várias tarefas quando crianças, que com o passar do tempo ficavam mais pesadas. Um dos filhos, chamado comumente Costinha, foi servir para as forças armadas, e o Reduzo também, como companheiro e súdito.
O Costinha era apaixonado pela sia Talapa, filha de um fazendeiro das redondezas, chamado Severo. Ele às vezes passava pelas fazendas do último, para ver a amada. Porém, Severo não queria que a filha se casasse com ele, mas sim com seu sobrinho, um ilhéu dito vegetariano no texto, visto que ele não tinha a mesma cultura tipicamente gaúcha de comer churrasco entre outras iguarias citadas, e nem a cultura de andar a cavalo, diz no texto que pra ele o cavalo tinha que ser manso lento e ―porongudo‖, ou seja, atrofiado nas pernas, com dificuldade de andar. Acontecia que este ilhéu era Galego. Quando este ilhéu chegava de visita, o cardápio todo mudava, e sia Talapa ficava muito triste quando as pessoas comentavam sobre seu casamento com o primo.
Ele retoma o romance de sia Talapa e o Costinha. Fala que os dois fizeram um juramento, de que