MEGAESÔFAGO EM GATOS
O esôfago é um conduto musculomembranoso que conecta a faringe ao estômago. Seu comprimento é de aproximadamente 30 cm em um cão de tamanho médio e seu calibre varia de 2 a 2,5 cm de diâmetro, quando vazio [5,6]. É um órgão largo e dilatável, exceto em sua origem, o lúmen faringoesofágico, no qual há uma constrição [7].
As anomalias dos anéis vasculares são alterações congênitas provocadas por defeitos na embriogênese dos arcos aórticos [1]. A anomalia do anel vascular mais comum em cães e gatos é a persistência do arco aórtico direito (PAAD), que envolve o esôfago dorsalmente, sendo à sua direita localizado o arco aórtico, à esquerda o ligamento arterioso e ventralmente a base cardíaca [2]. As anomalias, de um modo geral, são aceitas como hereditárias, possivelmente por alterações cromossomais que resultam nessas alterações [3]. A presença dessas más formações ocasiona a compressão extraluminal esofágica ao nível da base cardíaca [1]. A constrição do esôfago provoca um megaesôfago secundário, geralmente com localização cranial a este local de compressão [4].
Esta afecção caracteriza-se por dilatação generalizada do esôfago e perda parcial ou total do peristaltismo deste órgão, podendo ser secundário a qualquer condição que provoque o rompimento do reflexo nervoso controlador da deglutição, ou que afete o funcionamento dos músculos esofágicos, resultando na retenção do material ingerido no esôfago e na distensão esofágica [8,9,10,11]. A doença é menos comumente diagnosticada em gatos e, quando encontrada, pode ser atribuída a anomalias do anel vascular, corpos estranhos ou espasmo pilórico [12].
O megaesôfago é um termo descrito pela dilatação do esôfago, e é uma manifestação de uma série de doenças. O termo megaesôfago secundário compreende todas as formas de dilatação do esôfago, na qual a causa pode ser identificada [10,13,14].
As anomalias do anel vascular são as principais causas de disfagia e dilatação do esôfago em animais jovens [3]. Os