Actualmente, a Ciência Forense recebe valiosa atenção tanto por académicos, cientistas, especialistas nas mais diversas áreas como por simples curiosos que em nada estão associados à Criminalística, a sua popularidade está no auge. Esta ciência tem se tornado, cada vez mais, uma parte vital da Justiça Criminal. Como parte integrante desta ciência, a Medicina Legal ocupa um lugar de valor inestimável e as suas perícias de laboratório são indispensáveis na identificação do corpo de delito, principalmente quando os vestígios biológicos forem sangue, esperma, pêlos, saliva, entre outros. O sangue é um dos vestígios biológicos mais comuns em qualquer cena de crime. Assim sendo o perito forense está bastante familiarizado com este tipo de vestígio, sendo um dos seus objectivos na análise da cena do crime a detecção de evidência de sangue. Existem situações em que a mancha de sangue é evidente. Quando se localiza, por exemplo, próximo ao corpo alvejado por um disparo de arma de fogo. Contudo, há casos em que a mancha não é explícita. Existe a possibilidade, também, de que o criminoso limpe a cena do crime. Foi realizada uma profunda e completa revisão bibliográfica de revistas, publicações da área e manuais e recomendações técnicas de laboratórios forenses de referência. As análises forenses baseiam-se sobretudo nas técnicas e métodos da Imunologia, Química, Bioquímica, bem como na Microscopia, Cristalografia, Cromatografia, Fluorescência, Fosforescência entre outros. Uma amálgama de princípios de técnicas que são adaptadas das outras ciências para ser possível a sua utilização na área forense, uma vez que a amostragem é bastante diferente da das outras ciências. As amostras forenses são normalmente escassas, degradadas e com origem desconhecida, estas condições dificultam o seu manuseamento, obrigando a outro tipo de cuidados. Genericamente é este o percurso que as amostras de sangue seguem para a sua detecção e identificação, com o objectivo maior que é a reconstituição