max weber
Este artigo se baseia na seguinte obra: WEBER, Max. Ciência e Política: duas vocações. SãoPaulo: Editora Cultrix. p. 55-124.
Para Weber, o uso legítimo da força era um instrumento normal de poder (p. 56) que o Estado dispunha para fazer valer sua política adotada. Ao lado da força vinha aviolência e o território como características do Estado. Tendo essas noções, poder-se-ia fazer política – algo, aqui, como conjunto de medidas estruturadas que o Estado dispunha para governar – mesmoque esse meio não objetivasse algo lícito, ou, como o autor se referiria mais tarde, algo ruim.
Sabe-se que para ingressar em qualquer meio, deve-se, a priori, objetivar um fim. Na política não édiferente. Sob essa ótica, o autor aponta dois fins para o sujeito que procura a política como um meio: (i) ou servir a um ideal; ou (ii) buscar o poder como forma de status. Tal busca após alcançada,coloca o político e não mais o aspirante, como alguém figurado numa espécie de déspota, ou seja, um representante legalmente investido (neste exemplo, não através de castas, mas por meio de processoeleitoral) que, através de sua autoridade, domina seus súditos seja pelo medo ou pela esperança. Para essa dominação, há três princípios que o justificam, chamados de “fundamentos da legitimidade”... [continua]