Maurice Marleau- Ponty: entre existencialismo e fenomenologia
Oficina de Teoria Social III
Fernanda De Lima Nolibos
Maurice Marleau- Ponty: entre existencialismo e fenomenologia
A relação entra a “consciência” e o “corpo”, entre o “homem” e o “mundo”.
Maurice Marleau- Ponty foi um militante na Resistência durante a ocupação nazista da França, normalista, agregé de filosofia, defendeu duas teses que são bem conhecidas: Estrutura do comportamento e Fenomenologia da percepção. Juntamente com Sartre, participou ativamente da revista Os tempos modernos, sobretudo como redator de editoriais políticos. Era também um defensor da liberdade, por isso se considerava um existencialista. Sua filosofia deveu muito à fenomenologia de Husserl e, principalmente à ideia de que é preciso "retornar ás coisas elas mesmas". Trata-se de apreender a existência humana enquanto vivência concreta, habitar o mundo, descrever a percepção que temos dela, mais que explicá-la e analisá-la. A interpretação causal das relações entre alma e corpo é rejeitada por ele: o sensível e o espiritual são indiscerníveis, não existe a matéria de um lado e o espírito de outro, mas sim uma unidade. Por isso, é como corpo próprio que eu percebo. O corpo próprio, centro da percepção, consciência encarnada, não se reduz a um pedaço de matéria, mas designa o corpo que eu sou, não o que eu tenho, além disso, a percepção, ela não é ato de nossa razão. Perceber não é julgar, interpretar sensações que seriam a matéria da percepção. Tampouco é fazer passivamente o registro de impressões sensíveis; a própria ideia de sensação pura é uma abstração que não corresponde de maneira alguma à nossa experiência. Na percepção nós damos um significado subjetivo aos acontecimentos percebidos. Perceber uma coisa é dar-lhe um sentido por si. Portanto, como diz Merleuau-Ponty, o significado das coisas no