Matemática ajuda Industria
Como cortar a matéria-prima - seja papel, tecido, madeira, vidro ou aço - de forma a obter a maior quantidade possível de peças e a menor quantidade de rejeitos?
Como acondicionar produtos de formatos complicados no interior de caixas de forma a maximizar o uso da embalagem e diminuir os custos de transporte?
Estes são problemas enfrentados diariamente por inúmeros setores industriais, que têm nas tarefas de corte e empacotamento um elemento importante em seus processos produtivos.
Clientes diferentes, produtos diversos e itens de formatos variados que devem ser cortados, empilhados, embalados e dispostos em contêineres para transporte são apenas alguns fatores que influenciam diretamente na produtividade dessas empresas.
Teoria na prática
Por séculos, o talento humano vinha sendo a melhor resposta a todas estas questões. Mas a matemática pode ter respostas muito mais precisas.
Foi pensando nesses problemas, e encontrando soluções para eles, que a equipe do professor Marcos Nereu Arenales, do Departamento de Matemática Aplicada e Estatística da USP de São Carlos, passou os últimos três anos.
Em seu projeto, chamado Teoria e prática de problemas de corte e empacotamento, os pesquisadores estudaram problemas do dia a dia da indústria.
As soluções vieram na forma de vários algoritmos - conjuntos de regras para resolver um problema, normalmente codificáveis em um programa de computador - que solucionam tanto problemas clássicos quanto questões novas de diferentes setores industriais.
"Como as especificidades são muito grandes para cada empresa, não há como produzir um modelo matemático e um método de solução para todas", explica Arenales.
Matemática ajuda indústria a fazer cortes e pacotes perfeitos
Geralmente não há como demandar soluções diretamente à universidade porque os prazos da indústria são muito mais curtos que os da academia. [Imagem: Ag.Fapesp]
Otimização matemática
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