Matematica
Renata Alves Costa CEFET-MG renata.mat@terra.com.br
Elenice de Souza Lodron Zuin
PUC – MG elenicez@pucminas.br
Introdução
É notório que, muitas vezes, ao transmitir um determinado tópico da matéria, o professor é questionado pelos alunos em relação à origem daquele conteúdo: “quem inventou isso?”; “quem foi este matemático?”; “como e quando surgiu esta idéia?”; “como foi possível chegar a este resultado?”. Nem sempre o docente tem consciência de que o conhecimento que está por trás daquele conteúdo que se apresenta “em uma forma acabada” passou por inúmeras modificações ao longo da história (Nobre, 1996, p. 30). É necessário que o professor tenha o domínio do conteúdo e conhecimentos sobre a história para não ensinar apenas o “para quê’, mas responder aos “porquês” dentro do processo ensino/aprendizagem. Muitos autores justificam a utilização da História da Matemática para responder alguns “porquês” nas aulas de matemática. A História da Matemática pode estar respondendo as questões dos alunos dando uma fundamentação ao conteúdo e à originalidade de certas coisas. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática, podemos observar que a utilização da História da Matemática também é sugerida como um recurso para dar respostas a alguns “porquês”, e também contribuir para um olhar mais crítico dos alunos sobre objetos de conhecimento. Nobre (1996) trata da relação às respostas aos “porquês” encontrados na História da Matemática e ressalta que é através da História que buscamos fundamentação aos conteúdos abordados:
“À busca das contradições da ciência, ‘para que logo surjam outras contradições’, é que proponho um tratamento diferenciado à transmissão dos conhecimentos, ou seja, que se tente acompanhar o conceito a ser trabalhado a partir de seu desenvolvimento histórico.