matematica
A seguir, conseguem o apoio de Minny (Octavia Spencer, espetacular), a ex-empregada de pavio curto da arquivilã do filme, Hilly (Bryce Dallas Howard, subestimada em grande performance), que se desentende com a patroa, vinga-se (momento antológico do filme – não perca a reação da mãe de Hilly, Missus Walters, em atuação muito divertida de Sissy Spacek), é demitida e vai procurar emprego na casa de Celia Foote (Jessica Chastain, atuando muito bem contra seu tipo), outra pária na comunidade, pois veio de fora, de origem humilde, e se casou com um dos bons partidos locais.
Skeeter, Aibileen e Minny vão, aos poucos recolhendo histórias e casos (paulatinamente, com o apoio de outras empregadas locais), e tudo isto se transforma num livro, editado como obra de autor anônimo, mas que serve como uma carapuça sob medida para os habitantes locais.
Neste meio tempo, Skeeter ainda tem que lidar com seu próprio telhado de vidro, quando sua mãe, Charlotte (Allison Janney), desafiada perante outras damas da sociedade, é obrigada a expulsar de casa Constantine (a grande Cicely Tyson), que fora a babá de Skeeter durante toda a vida. “Histórias Cruzadas” pode parecer mais um daqueles dramas edificantes, orquestrados milimetricamente para envolver a plateia e dela arrancar lágrimas e suspiros nos momentos adequados, mas é um filme que, principalmente para o público norte-americano médio, ainda é importante de ser visto, analisado e discutido. Afinal, os negros de ontem são os imigrantes de hoje, principalmente os latinos, que ainda são tratados como mão de obra não pensante.
E, na pior das hipóteses, para o público