MATA ATLÂNTICA
A Mata Atlântica é formada por um conjunto de florestas tão diversas como as florestas ombrófila densa e ombrófila mista, a floresta estacional semidecidual, os campos de altitude e ecossistemas associados como manguezais, restingas e brejos interioranos, além de várias ilhas oceânicas. Tamanhas variações são reflexo direto da grande extensão ao longo da costa, de mudanças de altitudes, diferenças de solo, relevo e exposição a ventos oceânicos, que contribuem para a formação de diferentes paisagens, com processos ecológicos interligados. Assim como possui grande diversidade de paisagens, a região apresenta diferenças significativas no contexto socioeconômico de norte a sul de sua distribuição, exigindo diferentes estratégias de conservação em cada parte do Bioma.
A origem dessas ameaças se encontra na chegada dos portugueses ao país, em 1500, e os subseqüentes ciclos de destruição impostos à floresta: da exploração do pau-brasil, mineração do ouro e diamantes, criação de gado e plantações de cana-de-açúcar e café, até a industrialização, exportação de madeira e, mais recentemente, o plantio de soja e fumo que desalojam os últimos remanescentes do Bioma. Mas o modelo predatório representado pela expansão dos setores agropecuário, madeireiro, siderúrgico e imobiliário, acentuou-se mesmo no século XX, quando o desmatamento atingiu os níveis mais alarmantes. Hoje restam entre 12 a 16% da cobertura florestal original da Mata Atlântica (acesse o Altas de Remanescentes Florestais da Mata Atlântica para mais informações), com apenas 7% em melhor estado de proteção.
A devastação da Mata