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Economia brasileira está estagnada, aponta índice
Estudo de Harvard indica que os juros elevados, a falta de poupança e o alto custo de transação limitam o potencial do país

Um estudo feito pelo Center for International Development (CID), da Universidade Harvard dos Estados Unidos, constatou que o Brasil deixou de evoluir economicamente nos últimos anos. Mesmo com algumas regiões mais avançadas, o país possui fatores que são vistos como agravantes para essa situação. Entre eles estão um ambiente macroeconômico hostil, taxas de juros extremamente elevadas, falta de poupança nacional e o alto custo de transação.
O economista venezuelano Ricardo Hausmann, diretor do CID e professor do curso de mestrado da instituição brasileira Centro de Liderança Pública, foi um dos responsáveis por conduzir esse índice de complexidade econômica mundial, que tem como objetivo medir a capacidade produtiva nos diferentes países e consequentemente avaliar seus potenciais de crescimento.
Ele acredita que as políticas protecionistas que têm sido adotadas pelo governo brasileiro nos últimos anos são um empecilho para o desenvolvimento econômico do país, pois isso acaba barrando a construção de uma economia mais competitiva. O resultado de tais medidas seria um produto final de menor qualidade ao ser comparado com os de outros países. “O foco das políticas públicas deve ser o incentivo à produtividade, em um ambiente de competição internacional, e não o lucro, em um contexto de reserva de mercado”, afirma o diretor do CID.
De encontro ao que prega o senso comum, Hausmann não vê a educação como fator primordial para o desenvolvimento econômico de um país. Baseando-se em seus próprios estudos, ele ressalta que seja fundamental a importação de profissionais capacitados para a implementação de novas tecnologias e conhecimentos à cadeia produtiva do país. “Não podemos esquecer o papel crucial que a imigração teve no desenvolvimento brasileiro no século passado, mas, nos últimos anos, isso