Massacre de IPATINGA e a atuação da CNV (comissão nacional da verdade)

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Massacre de IPATINGA e a atuação da CNV (comissão nacional da verdade)
A Comissão Nacional da Verdade realiza no dia 7 de outubro, em parceria com o Fórum Memória e Verdade do Vale do Aço e com a participação da Comissão Estadual da Verdade de Minas Gerais, uma audiência pública sobre os 50 anos do Massacre de Ipatinga, episódio de grave violação dos direitos humanos em que pelo menos oito pessoas foram mortas com tiros de metralhadora pela PM mineira em um dos portões da Usiminas.
A atividade da CNV é coordenada pelo Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical e atende reivindicação da sociedade civil.
Com a audiência, o objetivo da comissão é dar voz aos sobreviventes e familiares de mortos no massacre, mas também apurar os fatos ocorridos. A principal dúvida que recai sobre o caso é quanto ao número de vítimas, que pode ser bem maior que o oficial.
O Massacre de Ipatinga aconteceu a exatos 50 anos, em sete de outubro de 1963. Forças policiais a serviço da Usiminas atiraram contra operários da então estatal e de empreiteiras a serviço da companhia. A repressão aos trabalhadores constitui um dos episódios mais simbólicos das graves violações de direitos humanos de que os trabalhadores foram vítimas na história do país, numa conjugação de violações de liberdades civis e políticas e de liberdades socioeconômicas.
De acordo com a pesquisa realizada pelo GT Ditadura e Repressão e pelo Fórum Memória e Verdade do Vale do Aço, os trabalhadores dos primórdios da Usiminas eram submetidos a condições salariais, de trabalho e de vida precárias e violadoras de qualquer concepção de justiça social. Para que a pauta reivindicatória e o comportamento dos trabalhadores não saíssem do controle da empresa eles eram mantidos sob o controle de violenta vigilância privada e estatal.
A tragédia anunciou-se na véspera. Em 06 de outubro de 1963, após revista abusiva e prenúncio de conflito entre operários e vigilantes, policiais a serviço da

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