Mascara Laríngea
A Máscara Laríngea (ML) é um dispositivo desenvolvido para o manuseio supraglótico das vias aéreas, podendo ser considerado como funcionalmente intermediário entre a máscara facial e o tubo traqueal., dispensando o uso de laringoscópio, ou instrumentos especiais para sua inserção.
Corretamente
posicionada, a face convexa posterior da
ML estará em contato com a parede da faringe e a anterior, sobreposta às estruturas supraglóticas (laringe), de forma a permitir a ventilação. Sua ponta se aloja sobre o esfíncter esofagiano superior.
As MLs se apresentam nas formas reutilizável e descartável, esta última em embalagem individual esterilizada.
Deve se dar preferência às máscaras laríngeas isentas de látex. Inserção da ML modelo Clássico
Preparo:
Indução anestésica: O Propofol, nas doses de 2,0 a 3,0 mg/kg atualmente é o agente indutor endovenoso de preferência para a inserção da ML, já que sozinho, é capaz de produzir rapidamente hipnose, atenuar os reflexos laríngeos e levar a um relaxamento mandibular adequado à passagem da ML. Em crianças esta dose é mais elevada, de 4 a 5mg/kg. Pré-medicação adequada com opióides e uso endovenoso (EV) de lidocaína
1,0 a 1,5 mg/kg 2 minutos antes da indução em casos onde esta não esteja contra-indicada, podem reduzir significativamente a dor à injeção do Propofol, além de minimizar reações reflexas indesejáveis à passagem e posicionamento da ML.
Outros agentes indutores, como o Thionembutal, Etomidato e benzodiazepínicos, podem ser utilizados desde de que sempre associados a pequenas doses de relaxantes musculares, visando melhor mobilidade mandibular, necessária às manobras de inserção da ML. Estudos indicam que a Succinilcolina na dose de
0,5 mg/kg, até um total de 30mg, tem se mostrado suficiente para um adequado relaxamento mandibular. Ao contrário do Propofol, estes agentes hipnóticos isolados sem o uso de relaxantes ou complementação inalatória, não oferecem bons resultados,