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Podemos relacionar muitos conceitos de Marx com o filme “As invasões bárbaras”. É possível observar um país (Canadá) que é pautado num sistema em que o Estado é provedor de saúde, por exemplo, de uma forma igual à população e como esse sistema se mostra falho – ainda que esse sistema seja com bases no sistema social democrático, e não socialista como o que é sugerido pelo alemão; também podemos observar o nível de burocracia existente no Estado e como ele pode ser corrompido, como é ilustrado por Sebastién, o filho que faz tudo o possível – até utilizar-se do suborno- para garantir o que há de melhor a Rémy, seu pai doente. Também podemos constatar que Rémy e seus amigos são adeptos da doutrina comunista – adotada por Marx. Ao longo do filme, porém, é possível observar que ele se revela não tão adepto do comunismo, mostrando até estar feliz com o filho sendo funcionário de uma grande empresa de petróleo. O que será detalhado neste tópico é a questão do capital e da burocracia no Estado. Marx entendia o Estado Burguês como uma Instituição a serviço da classe dominante, ou seja, a serviço da burguesia. O Estado gerado pelo modo de produção capitalista visa validar a exploração da mais-valia e manter a lei de propriedade privada, contando com aparatos de diversos tipos, como a política, os tribunais e as forças da repressão, como o exército e as polícias. Portanto, o Estado passa a ser não uma expressão harmônica e genérica do conjunto da sociedade, mas, na realidade, o lócus dos antagonismos sociais baseados na contradição entre o interesse geral e o particular, entre o público, o social e a vida privada. O Estado, para Marx, é a forma na qual os indivíduos de uma classe dominante fazem valer seus interesses comuns. e na qual se resume toda a sociedade civil de uma época, cujo objetivo final é manter, validar e proteger os interesses burgueses, que nada mais são que o lucro, a propriedade e a exploração do trabalho assalariado. Logo, o Capital é a moeda de troca,