marx a ecologia

A ECOLOGIA DE MARX: MATERIALIS MO E NATUREZA:
A ECOLOGIA DE MARX

• O CENÁRIO ANTIGO
O cenário agrícola contou com duas grandes revoluções em seu sistema de produção. A primeira revolução foi um processo que ocorreu ao longo dos anos com a inovação de técnicas de adubação com esterco, rotação de cultura, drenagem e manejo de rebanhos. A segunda revolução acompanhou de certo modo a Revolução Industrial (1830 – 1880) e teve como principais características o surgimento das indústrias de fertilizantes e o desenvolvimento da química de solos.
A princípio, antes da segunda Revolução Agrícola, o homem tinha uma relação mais próxima com as terras, à agricultura não desgastava o solo a ponto de exigir a descoberta de novas técnicas para repor os nutrientes que faltavam ao solo para a produção de novas colheitas. O adubo natural, aquele produzido com por excrementos de animais e restos de comidas e plantas, eram suficientes para dar continuidade às colheitas seguintes.
Já nas zonas urbanas, a do trabalhador antes da Revolução industrial era muito diferente da vida agitada da grande cidade, a maior população, habitava as zonas rurais, os agricultores montavam mercador nas cidades para vender seus produtos para os artesãos, alguns nobres e membros da igreja.
Após a Revolução industrial, essa imagem foi drasticamente invertida, a população, começaram a migrar do campo para a cidade em busca as boas ofertas de emprego que surgiram na sua eclosão (e que ilude muita gente até os dias de hoje), esse imenso fluxo de mão de obra saindo do campo e indo pra cidade criou, segundo Marx e Foster, diversos problemas como veremos a seguir.
Logo após a revolução industrial, a grande quantia de pessoas que foram em busca de emprego nas grandes cidades, fez com que a demanda de alimentos que ia pra essas cidades aumentasse exponencialmente. Com o passar das décadas, o número de habitantes nessas cidades, dobrava, e a necessidade de uma maior produção de alimentos também. Foi nesse