Maria I de Portugal
Ocupou o trono português de 24 de março de 1777 a 20 de março de 1816. Era chamada de “A Piedosa” por ser uma pessoa de profunda religiosidade. No Brasil, ficou conhecida como Dona Maria, a Louca, devido a sua doença mental que veio a tona após o falecimento de seu primeiro filho.
Casou-se com seu tio Dom Pedro III, assumiu o trono num período conturbado para a Europa, tempos de Revolução Francesa e de novas visões políticas no continente. Ao ocupar o trono, reverteu projetos anteriores: libertou diversos presos e jesuítas (entre eles o bispo de Coimbra, D. Miguel da Anunciação), fundou a Academia Real de Ciências de Lisboa e a Casa da Pia para acolhimento de crianças abandonadas.
Também fundou a Biblioteca Pública de Lisboa, atual Biblioteca Nacional portuguesa. Foi a primeira rainha reinante de Portugal, foi responsável pelo exílio da corte de Marquês de Pombal e pelo período do país conhecido como Viradeira. Concedeu asilo a aristocratas franceses exilados da Revolução Francesa.
Assinou tratado de comércio com a Rússia em 1789 e patrocinou diversas missões culturais e científicas nas colônias portuguesas. Em 5 de janeiro de 1785, promulgou alvará de proibição à atividade industrial no Brasil.
Em virtude de sua doença mental, foi substituída pelo seu filho, Dom João VI em 10 de fevereiro de 1792. Foi tratada por um psiquiatra inglês, Dr. Willis, e pelo médico real Jorge III. Piorou depois da morte de seu marido D. Pedro III e filho, o príncipe herdeiro José, falecido em 1788, aos 26 anos.