Marcas brancas
Lic. Gestão Recursos Humanos
Será a popularidade das marcas brancas um reflexo da crise?
Artigo realizado por: Filomena dos Santos Temudo Aluna n.º 210534
Cadeira: Economia Docente: Prof. Aux. Conv. Pedro Rodrigues
Lisboa, 30 de Dezembro de 2010
Assistimos hoje a uma mudança no hábito do consumo das famílias portuguesas e associada à mesma um fenómeno crescente que é a aquisição de produtos de marcas de distribuidor, vulgo marcas brancas. Como consequência deste crescimento as marcas dos fabricantes têm vindo a assistir a uma perda progressiva da sua quota de mercado. (Gráfico 1) Este aumento, embora gradual ao longo dos últimos 3 anos, representa já 34% da quota de mercado dos bens de consumo rápido e a tendência é de continuar a crescer em 2011, de acordo com o estudo sobre “O Grande Consumo em Portugal” apresentado pela Kantar Worldpanel. Porém, apesar de elevado, este valor está aquém do registado em outros países da UE. Verifica-se que esta recente ascensão em Portugal tem uma relação de crescimento positiva relacionada com a taxa de desemprego, reflectindo desta forma a diminuição do rendimento disponível pois o consumo das marcas brancas sobe com o aumento do desemprego. (Gráfico 2) Ao relacionarmos este crescimento com outros países da UE, nomeadamente Espanha e Reino Unido, verificamos realidades diferentes. (Gráfico 3) Na Espanha também a elevada taxa de desemprego aliada à crise financeira fizeram com que os produtos de marca branca obtivessem uma quota de mercado de quase 40%, o que representa uma subida de 10% nos últimos 3 anos. Todavia, neste momento as marcas brancas acumulam 3 meses consecutivos de queda, o que indica que os espanhóis estão a voltar aos hábitos de consumo antigo. Numa sondagem realizada pela Sondea verificou-se que na hora de procurar a poupança, oito em cada dez consumidores espanhóis optam pelas ofertas realizadas pelos fabricantes e somente 35% procura os