Maquinas termicas
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO
Sílvio de Oliveira Júnior Arlindo Tribess Alberto Hernandez Neto Flávio Augusto Sanzovo Fiorelli
São Paulo, 2004
Sistemas de Refrigeração por Absorção
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SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO
Sílvio de Oliveira Júnior, Arlindo Tribess, Alberto Hernandez Neto, Flávio Augusto Sanzovo Fiorelli
1. INTRODUÇÃO O interesse pela utilização de sistemas de refrigeração por absorção vem aumentando devido às possibilidades de emprego de rejeitos térmicos de processos industriais e sistemas de potência (como os gases efluentes de turbinas a gás) como insumo energético, além de apresentar uma alternativa tecnológica aos ciclos de refrigeração que empregam CFC’s. O sistema de absorção foi patenteado nos Estados Unidos em 1860 pelo francês Ferdinand Carré (Stoecker & Jones, 1985). Desde esta primeira máquina, a popularidade de sistemas de absorção aumentou e diminuiu devido a condições econômicas e de desenvolvimento tecnológico. As vantagens de sistemas de absorção, contudo, permanecem as mesmas ao longo do tempo e incluem as seguintes (Dorgan et al. (1995)): Sistemas de absorção necessitam de menor consumo de energia elétrica quando comparados com os sistemas de compressão de vapor; Plantas de absorção são silenciosas e livres de vibração; Calor recuperado pode ser utilizado como insumo energético (em substituição ao trabalho mecânico) em ciclos de refrigeração por absorção; Plantas de absorção não causam dano à camada de ozônio e podem ter menor impacto no aquecimento global do que outras opções; Plantas de absorção são economicamente atrativas quando os custos dos combustíveis são substancialmente menores que os de energia elétrica, com o custo do combustível de 12 a 20 % do custo da energia elétrica. As temperaturas de evaporação obtidas com sistemas de refrigeração podem variar de 10ºC a -59ºC, com vários ciclos e fluidos. Para