Mancha amarela no trigo
A mancha amarela, causada por D. tritici-repentis, é a mancha predominante no Rio Grande do Sul, sendo favorecida pelo sistema de plantio direto, que propicia a sobrevivência e multiplicação do patógeno em sua forma perfeita, P. tritici-repentis, e pelas condições climáticas da região, ideais para a multiplicação do patógeno.
As condições climáticas ideais para o desenvolvimento do patógeno são temperatura entre 18o e 28oC e um período de molhamento foliar superior a 30 horas. É um fungo necrotrófico, portanto com capacidade de sobreviver em restos culturais, formando estruturas de reprodução sexuada, que são os pseudotécios. No sistema de plantio direto, os pseudotécios liberam ascosporos que são responsáveis pela infecção primária. Durante o desenvolvimento da cultura, sob condições favoráveis e sem adoção do controle químico, conidióforos e conídios são formados sobre as lesões e iniciam o ciclo secundário da doença.
Sintomas
O sintoma mais característico é o que dá nome à doença: mancha amarela. As lesões são elípticas ou em forma de diamante, geralmente com uma borda amarela e o centro marrom escuro
Controle
Devido à importância dos restos culturais na sobrevivência do fungo, uma das mais importantes medidas de controle para esta doença está no manejo, com o objetivo de eliminar estruturas do patógeno. Sendo assim, a primeira medida a ser tomada é a rotação de culturas. Recomenda-se dois anos seguidos sem trigo, a fim se obter redução satisfatória do patógeno na palha do trigo. Entretanto, este fungo pode sobreviver em restos culturais de cevada, devendo-se evitar este cereal como alternativa na rotação com o trigo. Em regiões onde não se prática o plantio direto, o enterrio de restos também funciona como medida de controle. Em situações de grande potencial de inóculo, se empregada uma cultivar altamente suscetível, o uso de fungicidas é indispensável. Nos Estados Unidos, o uso de fungicidas é recomendado, devido a relação custo