Mamografia e o câncer de Mama
A mamografia é a radiografia da mama, realizada em um aparelho de raio x chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens e melhor capacidade de diagnóstico, provocando assim, um discreto desconforto suportável.
Este exame permite analisar pequenas estrututuras de até 0,2 mm, como as microcalcificações (Gomes, 1997), e quando ainda os tumores não cresceram contribuindo assim para o prognóstico da paciente. Atualmente, 75% dos tumores são detectados em estágio avançado (Rev. Conter. n. 8. 2004).
O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente do mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama são elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados, desse modo, a detecção precoce é a única forma de diminuir suas taxas de morbimortalidade (Gonçalves et al., 2009).
Dados foram estimados pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2003 que o carcinoma nas mamas é o primeiro em incidência antecedendo o de pele, com uma taxa de 36,47 por 100 mil mulheres, no ano de 2005 foram relatados 33.590 novos casos onde a capital de São Paulo representou 23,9% pois, a mortalidade nesta capital é superior a 15 para cada 100 mil mulheres por ano, representando 16% de todos os óbitos por câncer em mulheres (Gebrim et al., 2005).
O padrão mamográfico depende da composição da mama e da atenuação ao feixe de raio x determinada por cada tecido. A gordura menos densa oferece menor atenuação, sendo radiotransparente (cinza escuro) na radiografia, enquanto os demais tecidos, mais densos, oferecem maior atenuação e são, portanto, radiopacos brancos, entretanto, devido às diferenças das densidades entre elas, quanto mais lipossubstituídas forem as mamas, mais fácil será a visualização e o diagnóstico das mesmas (Siqueira, 2004).