Mafalda: e a falta de compreensão no brasil

Mafalda: E a falta de compreensão no Brasil

Felipe Augusto

O objetivo deste trabalho é mostrar o porquê da falta de compreensão da personagem Mafalda no Brasil e encontrar uma forma de usá-la corretamente.
Mafalda foi criada pelo cartunista Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido por Quino, primeiramente para uma campanha publicitária de eletrodomésticos, a qual foi rejeitada. Mafalda foi publicada pela primeira vez em 1964, na revista Leoplan, e além da personagem título, que é uma menina de 6 anos que adora os Beatles, detesta sopa, tem uma visão aguda da vida e sempre questiona o mundo à sua volta, temos outros personagens que interagem com ela e que são estereótipos daquele tempo, além de representarem alguns ideais que ainda estão presentes em nossa sociedade, como Susanita, que só quer encontrar um homem rico, casar-se com ele e ter filhos, representa a visão machista das mulheres ou Manolito, que só pensa em dinheiro e negócios e representa o capitalismo.

Por que é difícil entender Mafalda no Brasil? As dificuldades se encontram apenas em nossas diferenças sociais? Seu uso na educação é correto?
O entendimento de Mafalda é superestimado; pensamos que por ela ser uma personagem argentina, ela só se referiria a assuntos políticos da Argentina, mas os assuntos, em sua maioria, são de conhecimento mundial, como a guerra fria. É óbvio que uma criança sem conhecimentos históricos não entenderá Mafalda, aliás, qualquer pessoa sem conhecimentos históricos não entenderá Mafalda. As dificuldades não se encontram só nas diferenças sociais, já que hoje em dia, quem quer informação consegue, seja por meio de televisão, jornais, revistas, ou bibliotecas públicas, mas o uso de Mafalda na educação é vergonhoso, pois suas tirinhas são usadas em livros de gramática, para interpretação de texto ou análise sintática de alguma fala da personagem e não para a interpretação do que está sendo escrito, o que significa aquela tirinha e ser analisada