Madrid
Apesar do local onde actualmente está situada a cidade ter tido ocupação humana desde a pré-história, e de no tempo do Império Romano ter pertencido à diocese de Compluto (actualmente Alcalá de Henares), as primeiras referências históricas relevantes aparecem apenas no século IX.
Durante o reinado de Maomé I, foi mandado construir um pequeno palácio na localidade; hoje em dia, no sítio onde antes se erguia esse edifício, está o Palácio Real de Madrid. Em torno desse palácio desenvolveu-se uma povoação de poucos habitantes chamada al-Mudaina. A povoação foi conquistada em 1085 pelo rei Afonso VI de Castela, na investida militar que visava chegar à cidade de Toledo. A mesquita foi adaptada e passou a ser uma igreja dedicada à Nossa Senhora de Almudena (almudin, o celeiro). Em 1329, as Cortes Generales instalaram-se na cidade aquando da estada de Afonso XI de Castela. Sefarditas e mouros puderam permanecer na cidade, tendo sido expulsos mais tarde no século XV.22
Após um grande incêndio que destruiu parcialmente a cidade, o rei Henrique III de Castela (1379 – 1406) ordenou a reconstrução da mesma; o monarca ficou instalado num palácio no exterior da cidade, El Pardo. O reino de Castela, cuja capital era Toledo, e o de Aragão, com a capital em Saragoça, uniram-se formando a Espanha devido aos Reis Católicos (Isabel de Castela e Fernando II de Aragão). Em 1561, o rei Filipe II (1527 – 1598) mudou a corte de Sevilha para Madrid, tornando a cidade na capital de Espanha, apesar de não ter havido uma cerimónia que assinalasse esse facto. Sevilha continuava a controlar todo o comércio das colónias espanholas, mas Madrid controlava Sevilha.23 Salvo um período, entre 1601-1606, em que o rei Filipe III transferiu a capitalidade para Valladolid, Madrid foi até hoje a capital de Espanha.
Plaza Mayor
Durante o Siglo de Oro (Século de Ouro), fim do século XVI e o princípio do século XVII, Madrid era uma capital diferente das grandes capitais europeias, tanto